Uma dona de casa às voltas com marido e filhos tem um insight e dedica preciosas horas livres para escrever um livro. Sim, essa é parte da história da norte-americana Stephenie Meyer, autora da saga "Crepúsculo". Mas assim também nasceu a porção escritora de Carla Cherutti, de São Bernardo, que lança nesta quinta seu segundo livro, o romance "A Força do Destino" (Cia. dos Livros, R$ 39,90, 304 páginas).
Formada em Jornalismo (que nunca exerceu), Carla, 37 anos, assumiu para si o desejo de colocar "emoções e histórias no papel" há dois. "Tive a ideia num estalo. Na época, trabalhava na área fiscal e, como o volume de trabalho é maior no início do mês, conseguia tempo a partir do dia 15. Meu marido levava as crianças para brincar e eu não saía da frente do computador", conta.
O primeiro livro, "Entre o Amor e a Vingança", ficou pronto em apenas quatro meses. "Eu gosto de escrever sem parar para não deixar a história morrer", define. Durante a produção quase industrial, abusou dos fones de ouvido. "Ouvia as músicas mais calmas do Incubus e do Lighthouse para me concentrar", conta ela, em mais uma semelhança com Stephenie Meyer, que, enquanto escrevia a saga de Bella Swan e Edward Cullen, ouvia bandas que acabaram por entrar na trilha sonora das versões dos livros para as telonas.
Como a criadora de "Crepúsculo" e Charlaine Harris, outra norte-americana que não tem exatamente a origem amalucada que se espera de um operário das letras, Carla não se apega a melindres estilísticos. Seu texto é extremamente simples, o que não chega a ser um pecado para o seu público-alvo: os românticos. O foco recai sobre a construção dos personagens. "Em CF51A Força do Destino/CF, quis fazer a protagonista, de maneira com que as pessoas pudessem se identificar imediatamente. Decidi também abordar valores básicos que não são mais levados em conta, como confiança e amizade", acredita.
As páginas do novo livro concentram drama reconhecível de séries e livros ‘de mulherzinha' - como a história é ambientada na Europa, os nomes dos personagens são quase todos anglo-saxões. Carla, porém, deu um um jeito de incluir elementos que lembram a nossa cultura. "Se o primeiro fiz simplesmente para escrever, esse foi pensando em atingir as pessoas. Acho que as histórias de amor nunca sairão de moda", afirma.
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